Qual nordestino nunca viu um pé de canapum (phisalis) no monturo (lixo doméstico) no quintal de casa? A outra é pergunta é mais óbvia. Quem, quando criança, já comeu canapum enquanto brincava nos quintais do interior do interior do Nordeste?
- Como as pessoas estão sempre se reinventando e busca novas alternativas para sua alimentação, não é de se estranhar que essa frutinha pudesse surgir como uma poderosa fonte de saúde e de alimentação. O canapum tão presente na infância de muitos nordestinos hoje é vendida a peso de ouro na Ceagesp, tanto que 100gr da frutinha chega a custar míseros R$15,00 ou seja, 1 kg custa no mercado atual cerca de R$ 150,00. É ou não é uma mina de ouro?
A frutinha é conhecida como fisalis, camapu, joá-de-capote, saco-de-bode, curuputi, mata-fome, bucho-de-rã. No México, uchuva.
O canapum é rico em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides que purificam o sangue, fortalecem o sistema imunológico, aliviam dores de garganta e ajudam a baixar os níveis de colesterol. Os povos indígenas da Amazônia usam o fruto, folhas e raízes para combater diabetes, reumatismo, doenças de pele, bexiga, rins e fígado.
A planta também foi estudada para fornecer uma ferramenta poderosa para controlar o sistema de defesa do organismo, reduzir a rejeição de transplantes e atacar alergias. Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias na physalis com esse potencial e solicitaram patente para seu uso. Atualmente testadas em camundongos, quando usadas em pacientes humanos, espera-se que as fisalinas (chamadas B, F e G) funcionem tão bem quanto as substâncias atualmente usadas para controlar o sistema imunológico, mas com menos efeitos colaterais.
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